27 maio 2011

Ás vezes


Nada passará a ser muito mais do que só isso...
Hoje não, nem amanha, nem depois.

Entrego-me a ti, ás vezes,
E em todas essas vezes me entrego por completo.
Em cada uma dessas vezes te deixo pedaços do que sinto,
E em algumas dessas vezes te mostro o que sinto com as mãos, com os olhos, com todo o meu corpo...
E das próximas vezes, entregar-me-ei outra vez,
E em cada uma das próximas vezes te darei tudo o que sinto, sem saberes...
Cada segundo e cada palavra...são teus, nessas vezes...
Dou-te mais do que sou, ás vezes.

Não imaginas o que te daria se te tivesse para sempre...

17 maio 2011

O GRITO




UM GRITO....
O DESESPERO DE QUERER DIZER TANTO
DE QUERER GRITAR AO MUNDO
DE QUERER  QUE O ECO DESSE GRITO CHEGUE ATÉ TI....

APERTO...TÃO FORTE, MEU DEUS!!!
MÃOS QUE RASGAM PEDAÇOS DO MEU PROPRIO SER
A VONTADE...TANTA VONTADE....

DESESPERO QUE ME CAI DOS OLHOS
COMO POSSO?
COMO FAZER-TE VER O QUE NÃO VÊS...
COMO MOSTRAR?

A CERTEZA ...TANTA CERTEZA....
E O GRITO APRISIONADO EM MIM,
NO MEU SANGUE,
NA MINHA PELE,
NO DESESPERO DE CADA PASSO QUE DOU NA TUA DIRECÇÃO...

A IMPOSSIBILIDADE, SEJA DO QUE FOR...
NADA!!
NADA!!
NADA!!
TUDO!!!! COMPLETAMENTE TUDO!!!
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!

16 maio 2011

Timidez


Discreta timidez que me inquieta
Mistérios em olhares escondidos e sorriso que desabrocha repentino
Tentativas que se querem tão discretas como a timidez que me cativa
Descrição impossível e olhares incontroláveis a procurar-te

Questiono-me
Não sei porque me intrigas
Talvez a timidez, talvez o mistério,
Talvez nada...

Pergunto-me porque te espero sem te conhecer
Pergunto-me porque me preocupo
Não ha interesse se não a vontade de te descobrir
De saber mais...
A curiosidade...

Discreta timidez que me cativa
Que me descontrola
Que faz parecer ridícula
Que me intriga
Que me preocupa...

Discretos aqueles que sorriem sem ninguém perceber

Imagino


Tristeza ridícula que aparece com a noite
Que se espalha como as estrelas, pelo céu
Que ilumina tudo como a lua mas não me deixa ver nada.
Os sons de uma noite em que toda a cidade saiu para a rua
Os passos apressados do voltar para casa,
Os gritos alegres de quem se diverte
As luzes acesas de quem ainda não saiu
E daqueles que não saem...nunca...
As pedras da mesma calçada de sempre.

Aqui, da janela do quarto
Imagino como seria se
Como teria sido,
Imagino, mas só imagino
Daqui a pouco, na cama, sonharei outra vez com desconhecidos
Desespero talvez, não sei...
Cores que desaparecem na noite
As cores que de dia parecem tão claras
São agora a tristeza profunda dentro de mim
E a tristeza de ser triste no sentido ridículo que lhe dou

A vida do avesso .

11 maio 2011

Tristeza


Olho pela porta e tudo la fora é frágil como a palma da minha mão
As pedras da calçada conhecem cada passo meu por aquela cidade
Conhecem cada lágrima e conhecem todas as cores da tristeza que deixo cair por ali...
Conheço todos os recantos em ti, à minha maneira, mas perdi-me pelos labirintos de cada poro da tua pele
Sei que as pedras da calçada são ervas daninhas que sobraram de nós
E sei que não posso mais que tudo isto
Olho pela porta e a mesma cidade de sempre transformou-se na vontade das noites de verão e das conversas sem fim...mas quem?
São recantos que são meus e que percorro sozinha, agora
São segredos meus perdidos por ali...que deixei cair com as cores da tristeza que trago no bolso
Perdida...

10 maio 2011

Quando


Quando o que sinto me corre nas veias
Quando começa a circular por mim
Sem paragens...
Quando o que sinto é o sangue quente que me percorre
e Quando não ha mais nada a fazer...


Quando sei e sinto...tanto...
E quando o sangue que sinto se desfaz em lágrimas que me queimam a pele
É quando sei que nao ha nada a fazer...
E é quando os pedaços se separam
E quando deixo de ser eu...para ser so pensamento
Para ser O que sinto e mais nada!


Quando sou o que sinto e o que sinto se apodera de cada pedaço
E quando sei... sem saber nada...
As borboletas são furacões na minha barriga
E os furacões são o sangue e as lagrimas
e sou eu por inteiro, que sou só o que sinto...


Agora sim, é fogo que arde sem se ver e não é so saber ser criança.
Afinal sabia Camões...

Sou quem quero e o que nao quero
E o que quero é so o que sinto...
Quando deixa de ser...
E quando é tudo...
Nunca sendo nada...


Completamente
Nunca
E para sempre...
Ainda não sei quanto, nem até quando...mas sei!


As palavras impossiveis de escrever.