13 julho 2011

Gritos e Silêncios





Gritos...
Só gritos...
Gritos que torturam, me afogam, me enforcam, me sufocam...
Gritos...
Medo...é medo este nó na garganta que provoca gritos
São so medo os meus gritos...
É vontade...é vontade que é um grito...
Grito que me assusta, me elouquece, me desespera...tudo gritos
que som tem uma lagrima a correr pelo rosto? Um grito...
Que som tem uma tristeza no meu peito? Um grito...
Que som tem a minha viola agora? aqui? Um grito...
Que som têm as palavras que não sou capaz de te dizer? gritos...
é por isso que escrevo...pelo grito...
o grito da caneta no papel, o grito das palavras que se silênciam dentro de mim...
Gritos...
o grito do que quero tanto dizer-te...gritos...
Tu outra vez...




*O 1º poema que leste...


JS

07 julho 2011

Sombra

Apercebo-me



Apercebo-me derrepente que  perdi a vontade dos saltos sem paraquedas.
Apercebo-me que mudou repentinamente algo na minha vida.
Reparo que quero mais que isso, que sou mais que isso, e tudo isso é tão simples, tão banal…
Apercebo-me que vivi na ponta do mundo e de bicos dos pés saltei para o nada…
Esperei sempre cair, sem rede, sem arnês…e vejo agora que algo me segurava na queda.
Apercebo-me derrepente que tudo na minha vida se resume a uma coisa só. A ti. A querer estar contigo. E que todas as lições que aprendi, e que todos os erros que cometi me serviram para ter a certeza tão absoluta que tenho agora dessa vontade.
Não me queres…
Não sei se voltarás a querer-me, mas a certeza de te querer para sempre é maior do que qualquer independência, do que qualquer loucura, do que qualquer paixão ou vontade que tenha tido algum dia.
Apercebo-me derrepente que tudo o que achava impossível aconteceu e que as imagens que vi tantas vezes na minha cabeça começam a tornar-se vontades reais.
Reparo que o "não" que disse que te daria um dia, se tornou num "sim" tão certo como a luz do sol mas que és tu quem tem agora que me dar.
Um empurrão talvez…
A certeza absoluta de ficar aqui, de pé, no meio do caminho, até abrirem a porta para poder seguir em frente.
Apercebo-me que não preciso de mais nada se não da minha vida contigo.
Perco o sentido dos rios apressados e das orbitas erradas. Atiro pedras à lua.
Esqueço-me dos saltos no nada e da vida do avesso. É tudo tão certo, tudo tão verdadeiro.
Não desistas de mim, não desistas de nós.
Não me importa as derrotas, nem as vitórias de antes porque as deixei no caminho.
Cheguei ao fim da torre do meu castelo e falta uma pedrinha só.
Um novo ciclo, talvez.
Apercebo-me que tudo o que julgava ser e querer não sou mais, não quero mais.
Quero a segurança que me trás tantas incertezas. Quero ser criança contigo. Apercebo-me que transformo agora os silêncios em gritos desesperados de palavras ocas. As palavras impossíveis de escrever são agora olhares que sei que entendes. São a minha pele, a minha boca, todo o meu corpo em chagas.
Não fujo mais de mim mesma porque já sei que corro mais depressa e abro os olhos de toda a cidade para contar o que sinto, para contar quem sou.
Esqueço-me das borboletas na minha barriga porque elas estão lá, calmas e pousadas em flores que nascem de cabeça para baixo, porque não precisam mais dos furacões nem dos sonhos sem sentido.
Espero e respeito mas não desisto, nunca desisto. Porque é tudo tão certo. A certeza…a certeza absoluta sem que o mundo precise parar.
Uma palavra com A que não chega…não existe outra. Existo eu, e só eu te posso dar a certeza.
Uma vida, na ponta do mundo, num farol, onde o mar calmo constrói esculturas na rocha dura e onde todos os dias o sol diz bom dia a cada pedra que deixei no caminho. Tudo tão claro. O céu de ébano e a lua marfim...sempre...


AMO-TE

JS

Certeza

A certeza absoluta do para sempre!
Não cabe em mim nem cabe no mundo...
Futuro ensanguentado que parou no caminho.
Espera, espera sem saber do quê, mas com a certeza do querer tanto, tanto, tanto!
Sei bem quanto e até quando!
Sei que é para sempre!
Só tu...só tu...

Sol




Para quê este sol se é outra a luz que preciso para viver?
Para quê o por-do-sol se não posso vê-lo contigo?
E para quê a noite se não posso dormir a teu lado?
Sinto que ainda me queres...talvez pura ilusão!

05 julho 2011

Era certo...



Pensei que era tao certo e agora morro por dentro
Pensei que era pa sempre e o meu sempre não existe mais
É difícil dedicar-me agora seja o que for e vejo a minha vida parada, a esperar por ti...
Nunca desisti do que te vejo agora a desistir
Disse-o a todos menos a ti...disse ao mundo que era tu...só tu...
Esqueci-me que não me ouvias.
Enviei sinais que não leste e procurei-te em momentos que não estavas.
Quando decidi acabar com sinais e pedir-te que casasses cmg...nao te tinha mais.
Não consigo...nao consigo mais pensar que perdi o meu futuro,
Que perdi a nossa cumplicidade e que esqueceste todos os sonhos que tínhamos juntos.
Não consigo acreditar e choro me perdi em ti...
Não sei ser sem ser contigo...
Não saberei mais...
Era tão certo...foi sempre ta certo... Porque?

04 julho 2011

Dor do mundo




Não sei ser sem ser contigo
Tarde demais...
Não me tenho sem te ter...
Muito tarde...
Palavras impossíveis de escrever
E o que me come por dentro...tao grande, tão forte
Era tão certo...
Disse a todos, todos me disseram
Esqueci-me de dize-lo a ti por medo...
Perdi-te pa sempre...
Para sempre...
Não consigo assim...
Não consigo...

02 julho 2011

Distraio-me





Distraio-me e quase me esqueço que estás por aí…
Mas estas sempre por aí...
Estás nas horas em que me esqueço 
E estás aí no tempo em que penso que estás aí…
Estás sempre aí, mesmo quando me distraio