09 dezembro 2007

As lágrimas que nunca chorei...

Ideias confusas que o Outono vem ordenar em cada folha que cai dos plátanos, na calçada...
O que parece desordem está agora mais ordenado que nunca mas ninguém repara...
As folhas caem por uma ordem lógica, numa sequência de cores lógica, com cheiros que aparecem no momento exacto, num tempo de intervalos ritmados.
As pessoas acertam os passos umas com as outras, desconhecidas... e ao fim de umas horas todo movimento da cidade se desenvolve no mesmo ritmo. Todos as igrejas tocam sinos no mesmo instante, nos quertos de hora em que as flores de Outono desabrocham e minutos antes de toda a gente se arrepiar com o vento gelado que lhes toca na pele, com a mesma temperatura, com a mesma delicadeza, num instante só...
As pedras da calçada que parecem desalinhadas e colocadas aleatoriamente, formam uma sequência de cores e não poderia nenhuma delas ser colocada em outro lugar, mostram o segundo exacto em que o calceteiro martelou ali, ao mesmo tempo que o pão sai do forno na padaria e segundos antes de toda a gente sentir a presença do meu olhar...olham à volta...todos ao mesmo tempo...para um lado, depois para o outro...e toda a gente fecha os olhos olhos...
Toda a cidade de olhos fechados...
Eu em casa a desarrumar o mundo...a avaliar o ritmo apenas da minha janela!
Sei que está frio la fora mas não o sinto, sei que tudo se ordena lá fora e eu tenho cada relógio numa hora diferente, num ritmo diferente, com minutos que não são iguais em nenhum dos relógios... Vivo o meu proprio tempo, a minha própria ordem, o meu próprio ritmo... Sabendo que se tentar entrar na ordem da cidade, vou quebrar tudo, desarrumar tudo, confundir tudo...
E quando toda a cidade abrir os olhos, eu vou dormir...

15 novembro 2007

Domingos de Outono...naquela cidade!!


Saí daqui a pensar que tudo o que ia encontrar era triste e estranho.
Encontrei a mesma cidade de sempre, as mesmas caras de sempre, as mesmas ruas e lugares de sempre, o mesmo outono de sempre...mas tudo muito mais bonito...a sorrir para mim, sem eu saber porquê!!
As folhas douradas dos plátanos que me fazem lembrar de mim e o frio a gelar-me a pele, a fazer-me lembrar que sempre aqui pertenci...
Não te encontrei hoje como tive esperança (ou talvez essa esperança fosse só imaginação minha), sei que não te encontrarei amanha ( ou talvez ainda tenha esperança que aconteça), talvez em nenhum outro dia...Mas gosto de viver na fantasia e sair em domingos de outono, percorrer a cidade inteira a pé, ao frio, a sentir o tempo passar como se só eu reparasse nisso... à tua procura...

Não lembro mais...

Nao me lembro mais de como é gostar assim,
viver assim
sentir assim...

Nao lembro mais de como é ser olhada assim...
tocada assim...
beijada assim...
desejada assim...
mimada assim...

Nao me lembro mais de mim...
nem do mundo assim...

Nao me lembro mais da lua cor-de-rosa
nem de como é voar...
nem de sorrir assim...

14 setembro 2007

Coincidências

As palavras que me tocam agora são apenas palavras...
As batidas que sinto no peito são apenas batidas...
As borboeltas discordam umas das outras e arranham-me por dentro...
O sangue corre por mim depressa demais, desorientado, sem saber ao certo em que sentido...
Quero manter um único pensamento e nao sou capaz!!!
Caem palavras e momentos por todos os lados...
Reflexão...
Angustia...
Medo...
Coincidencias?!

03 setembro 2007

28 agosto 2007

My butterflies





"O que a lagarta chama de fim do mundo, o homem chama de borboleta." Richard Bach

A lagarta não morre, não desaparece...transforma-se, ganha asas e voa!!!
Como pode o facto de ganhar asas e poder voar ser o fim do mundo?

19 agosto 2007

O meu Mundo ao contrario

São flores amarelas que nascem azuis,
cartazes de circo sem palhaços nem leões e frutas que sabem a folhas de chá...
São cores sem tons de nada e sons sem graves nem agudos...
São pássaros que correm e toupeiras a voar por aí...
São doces amargos e sorrisos de tristeza...

Sou eu que sou outra pessoa e nunca fui ninguém...

És tu e ele e ela, e eu, outra vez!!!
São lições bem estudadas de nada saber e palavras escritas que ouço no rádio...
São imagens coloridas para cegos e um monte de estrelas espalhadas por aí...
É um tudo que não é nada!!!

Em carne viva...


Este caminho come-me por dentro, decapita-me , rasga a minha pele violentamente e faz-me jorrar sangue por cada km de estrada!! A cada gesto, a cada palavra, cai um bocado de mim! Arranco bocados de pele com as unhas de desejo e rebento todas as minhas veias... Cai-me o céu e a terra em cima esborrachando-me e desfaço-me em mil pedaços ensanguentados...outra vez, e outra, e mais outra...
Não consigo separar o meu corpo da minha alma nem o meu coração do sangue que me corre pelo corpo, nem tirar o paladar da minha lingua, nem o tacto da ponta dos dedos, nem o teu cheiro da minha pele!
Não consigo parar...

14-08-07

06 agosto 2007

O verdadeiro sabor da noite...

O sabor da noite...
Noite de verão
com um encanto qualquer.
O som das cores escuras,
céu de ébano, lua marfim...

Brisa quente que me toca,
que me fala,
que me ouve,
sombras da noite aqui e ali...

Odores quentes, doces,
num piscar de olhos a lua muda de lugar.
Estrelas cadentes...
a cair na minha mão...

Um recanto,
lenta invisibilidade
do meu corpo aqui,
como sombra...

Ausência...
Saudade das minhas borboletas...
Saudade do verdadeiro sabor da noite...

03 agosto 2007

Eu corro mais depressa...

Apercebo-me derrepente que a vida não é como eu imaginava...e porquê?

Desisto de pedir explicações porque agora sei que ha coisas sem explicação...
Desisto de chorar por perdas porque agora sei que vou perder muito mais...
Desisto de guardar espaços na memória para toda a gente porque agora sei que não cabe toda a gente na minha memória...
Desisto de ser criança porque agora sei que me tornei mulher...
Desisto de pensar como agir porque agora sei que nenhuma acção está certa ou errada...
Desisto de perseguir sonhos porque agora sei que eles não fogem de mim, esperam que eu os encontre na altura certa...
Desisto de fugir de mim mesma porque eu corro sempre mais depressa...

Quando a disposição da vida começa a parecer estranha, mudo tudo de lugar como se mudasse a decoração do meu quarto... :D

29 julho 2007

It's so easy to close your eyes...



How can I think I'm standing strong,
Yet feel the air beneath my feet?
How can happiness feel so wrong?
How can misery feel so sweet?
How can you let me watch you sleep,
Then break my dreams the way you do?
How can I have got in so deep?
Why did I fall in love with you?

This is the closest thing to crazy I have ever been
Feeling twenty-two, acting seventeen,
This is the nearest thing to crazy I have ever known,
I was never crazy on my own…
And now I know that there's a link between the two,
Being close to craziness and being close to you.

How can you make me fall apart
Then break my fall with loving lies?
It's so easy to break a heart;
It's so easy to close your eyes.
How can you treat me like a child
Yet like a child I yearn for you?
How can anyone feel so wild?
How can anyone feel so blue?

25 julho 2007

Silêncios




Há silêncios necessarios quando as palavras são demais...




..
Silêncio discreto no meio da rua
Tudo grita sem abrir a boca,
tudo sorri sem expressão,
tudo dança...
em silêncio...

Todos me olham,
todos me acenam,
ninguém me conhece,
niguém quer conhecer,
Mas todos me falam...
em silêncio...
.
Não sou eu agora,
nem aqui nem ali,
em lado nenhum...
Cubro-me de silêncios
e ninguém me vê.
Todos me ouvem,
ninguém me toca...


Aprenderei a viver no silêncio de cada palavra, e cada grito que me assombre decapitarei...


24 julho 2007

Again...


Um poema que quem conhece vai gostar de reler! :) foi escrito ha cerca de 6 anos e marca um bom momento da minha vida...tenho nos ultimos textos referido um lugar encantado, estas foram as primeiras palavras que se acenderam na minha pele por causa "dele"... um lugar que nunca vai deixar de ser especial!




Um lugar encantado




Neste lugar encantado
Há sentimentos escondidos
Há mistérios perdidos,
Há um curto mas lindo passado.

E há sons, ha cores, ha cheiros,
e houve arrepios rasteiros
no silencio dos teus passos.
Houve beijos, caricias, abraços
e doces segredos sentidos.

E sonhos em noites perdidas,
esquecidas e adormecidas,
que apenas sombra deixaram,
à luz da lua se amaram
e entre pedras afundaram.

E num manto de estrelas escondida,
doce Ermida perdida
sonha com mundos esquecidos
e com corações nela perdidos.
Vai cantando à luz da lua
uma canção de embalar
Sem se esquecer de amar
os sonhos que nela cairam...



*hoje eu mudaria muitas destas palavras...mas respeitei o meu passado e mantive todo o texto como foi escrito na altura.

07 julho 2007

Páginas


Uma folha de papel desaparece em segundos mergulhada em chamas...
Cada palavra nela escrita se desmancha em laranjas e amarelos, azuis e vermelhos...
Cada frase perde o sentido no estalar de cada labareda...
Uma simples folha de papel...queimada até meio, deixando frases incompletas e palavras por dizer...
Uma simples folha de papel que podia ser uma página da minha vida...!!
*A algm k teve, um dia, medo que tudo fosse passageiro...

06 julho 2007

A ti...


Depois de algum tempo percebo que eram apenas simples recordações...
Coheço bem essas recordações, sonhos de criança, lágrimas que nunca ninguém viu cair, sorrisos cor-de-rosa de quem ainda acredita que as estrelas são magia e a lua nos sorri!
Mudei tanto...o velho tempo fez-me ouvir as suas histórias (que são minhas...), contou-me sobre fadas e doentes (que era eu e tu...), e depois di final feliz mostrou-me a mulher que me tornei!!
Hoje sei que são simples recordações, sorriso, cheiros, olhares que ainda lembro...toques...
Hoje eu sei que foram só pormenores...inacabados pormenores...
Lembro-te de vez em quando com um sorriso no rosto e magia no olhar...lembro-te um toque adocicado na boca...
Aquele verão...aquele lugar...aqueles minutos...
Hoje eu sei que se não fosse criança tu nao eras magia, se não fossem sonhos, hoje eu nao sorria...
Hoje eu sei que ão simples recordações...esntre muitas que me comandam a vida!!
Hoje, quando o mundo real se vira do avesso e a terra roda ao contrario, fecho os olhos e são essas recordações que me fazem pedir para o mundo nao parar de girar...os meus sonhos de criança...


*a ti João C. com um carinho enorme e um obrigada por fazeres parte dos meus sonhos e fantasias de criança... =)

Essa terra...esse lugar

Um rio, um estuário...
Duas princesas, dois namorados...
O som das ondas, o cheiro a sal, o sol quente, o vento frio...
AO fundo uma canoa, dois remos, 4 mãos que se apoiam contr a força da maré...
Tres pessoas num pequeno barco...
Outro casal de namorados, e eu aqui...sozinha...como sempre!!
Esta terra cospe na minha cara e acaricia-me a pele...
Foge e chama-me , incendeia-mee faz de mim estrela...

Um toque de sal...uma brisa...mais um lugar encantado..como o outro!!

*nesse mesmo dia...um olhar...simples olhar!!

19 junho 2007

Se eu pudesse...

Nestes dias em k o sol parece apagado e a lua nunca mais chega algo em mim treme agita o meu corpo...
Há coisa que nao se entendem,ha coisas que se escondem...
Sensações estranhar que caem em lágrimas...
Desejos que nao me deixam repartir...
Palavras que quero dizer mas nao posso...
Suspiros...
O sangue que me corre nas veias , arde por dentro na minha pele e afoga-me em aguas salobras! O ar circula à minha volta mas nao entra porque algo aperta o meu peito...lágrimas...salabras como a água de lá...daquele lugar...encantado como o outro...
Um querer e nao poder...um não querer...um sentir, um dizer, um esquecer...Incertezas que caem no chão e se quebram em estilhaços...se eu pudesse...

13 maio 2007

I miss you

Há muito tempo qu não sabia o que era estar assim...

Sorrisos sem razão,palavras...pedidos que foram para mim alguma coisa um dia...

Que perderam o sentido num segundo, que regaram os meus olhos de sal...

Não queria...nunca quis que chegase a este ponto mas agora nada posso fazer...desculpa...

Palavras...só palavras...

Sinto falta de tudo outra vez..de ti...de mim...de nós que nunca existiu...!!

Acreditei 1 vez e caí duas...

Pela 2ª vez eu vivo algo que não sei o que é!!!

Desta vez eu tinha razão pa acreditar...tinha palavras..mas só palavras!!

Vou só fingir que está tudo bem, vou fingir que não foi nada, vou fingir que não faz mal...que já passou...

Eu pedi, avisei, eu nao queria... eu disse que seria um problema...ja estava a ser um problema...e disseram-me que não...

Palavras...somente palavras...

adoro-te...

04 maio 2007

Pormenores...

Há pormenores que trazem sorrisos pendurados...
Alguns desses pormenores deixam cair os sorrisos à porta da minha casa...
Há sorrisos que trazem lágrimas no bolso...
Alguns desses sorrisos oferecem-me lágrimas embrulhadas em papel...

Há pormenores que são palavras ditas sem pensar...
Há sorrisos que são olhares perdidos...
Há lágrimas que são o pormenor das palavras que me trouxeram um sorriso...

Pormenores...simples pormenores...palavras...

02 abril 2007

Negras rimas





No branco do papel criei fogo com a ponta de um pincel.
Amei a alma, odiei a calma, furei o mundo com ternura.
E com um pouco de loucura, apaguei o sol e a lua.
Fugi daqui, fui para ali, saí do tempo, entrei no fim.
Pintei de vermelho o céu e pontuei de azul fingindo estrelas.

Parei as horas, parti ponteiros,
ouvi segundos rasteiros a segredar que me adoras.
Fingi ser criança, borboleta, andorinha...
...libelinha bailando em pontas por tras do pano,
rodopiando, sorrindo.
Imprevisível desalento, contentamento, mistura estranha...
Doce amargura que vicia.

Rasgos de caminhos eternos,
linhas da mão tatuadas, destinos, palavras de cigana.
Negras rimas, tambores, dialecto ilegível.
Transformo-me em qualquer um, em qualquer coisa...
Num só ou em dois ao mesmo tempo.
Em ti e em mim...sozinha!!

Gotas de limão à flor da pele




Chuva agressiva no vidro da janela,
no telhado...
Música no rádio que me acalma.
Um toque de Jazz, um saxofone
que me entra no ouvido como aguas calmas a cair, na fonte.
Um fio de estrelas,
flores de algodão,
gotas de limão à flor da pele.

Grãos de açucar na ponta dos dedos,
entranhados nas unhas, cravados na pele.
Gotas de sei lá o quê a bater,
a ficar, a escorrer...
...a desfazer os grãos de açucar.

Cristais de gelo nos meus olhos.
Derretem, descem por mim,
congelam de novo a tocar no peito.
Alma de malagueta,
que sentes na minha lingua quando me beijas.

Dispo-me devagar,
de olhos fechados,
a sentir cada milímetro da minha propria pele.
Chuva no rosto,
abraço teu,
múrmurios...

Chuva agressiva no vidro da janela,
no telhado...
Mãos negras dedilhando notas,
saxofone, jazz...
Um fio de estrelas,
Violetas e negras tulipas,
gotas de limão à flor da pele.


“O poema de nada escrever é sentir desgosto de ti nos meus lábios"

20 março 2007

A 160km/h !!! (pk trazia o medo cravado na pele...)

Depois de algum tempo, simples palavras que me fazem pensar 86km, 1 hora, uma noite inteira!!
Insignificantes palavras que me despertam, desacreditam, que me cortam as asas! Exagero, filme que se tornou real desta vez... Pura brincadeira!!
Gotas salgadas que me correm pela cara aqui, no meio do nada. Não há carros no meu sentido, nem em sentido contrario, apenas luzinhas que me guiam e não me deixam sair da estrada, luzinhasque passam por mim a 160Km/h... Linhas em branco...Na estrada e na minha cabeça! Na estrada eu conheço o meu destino, na minha cabeça nao...!!
Palavras...simples palavras que colidiram, trovejaram, rebentaram e fizeram chover dentro de mim...
Talvez parar...ou nao!!!
Perdi o controle e só agora me apercebo disso... FDX!!!!

13 março 2007

Arquitectura Paisagista


É assim a vida de estudante...e saúdo aqui os estudantes de arquitectura que bem sabem como eu (de arquitectura paisagista)como é viver tudo isto. Apesar de tudo só me dá vontade de sorrir a ler isto... =)

Sintomas de que estudas Arquitectura/Arquitectura Paisagista: 1.Conheces o sabor do k-line e da madeira balsa.

2.Perguntam-te constantemente “Que cara é essa?”.

3.Mudaste o teu vocabulário: trabalho por entrega, bola por esfera, gente por utilizadores e olá por “O que foi agora?”

4.Não entendes como se pode gastar menos de 10 € numa livraria

5.Odeias que os teus pais digam: “Vai dormir agora” ou “Se de todas as formas não vais terminar…vai para a cama já”; ou mesmo se a simples pergunta “Falta-te muito” te pode chegar a irritar.

6.Estás farto de ouvir dizer: “Eu queria ser arquitecto…era esse o meu sonho…mas, …”.

7.Os teus amigos têm um conceito de TRABALHO diferente do teu, dizem sempre: “Fazes antes da Aula”, ou “Pedes a alguém…” ou ainda “Não o faças”.

8. Dormiste mais de 20 horas seguidas no fim-de-semana?

9. Podes discutir com legitimidade a quantidade de cafeína de diferentes bebidas e sua respectiva eficácia.

10.Não importa o quanto te esforces para fazeres o teu melhor projecto, alguém [normalmente o professor] dir-te-á sempre “Porque não mudas isto ou porque não pões aquilo?” ou “Vai pelo bom caminho mas ainda te falta…”.

11.Ouviste todos os teus cds e mp3 em menos de 48h.

12.Não és visto em público sem olheiras.

13.Quando te fazem um convite, acrescentam: “…, ou tens entrega?”

14.És capaz de reutilizar o impensável para fazer uma maquete.

15.Dançaste a música mais foleira com coreografia e tudo, às 4 da manha sem uma única gota de álcool no teu organismo.

16.Arranjas constantemente desculpas para explicar aos teus professores que não os de desenho [projecto no nosso caso], o porquê de não fazeres os exercícios.

17.Tens mais fotografias de paisagens e elementos para utilizar num desenho que de toda a tua família.

18.Se alguém te diz: “Preguiçoso”, “Tens um curso superrelaxado” ou “não é o mais difícil dos cursos”; quiseste assassinar essa pessoa.

19.Os teus pesadelos consistem em não chegar a tempo ou não terminar algo para uma entrega.
20.Podes viver sem contacto humano, luz e comida, mas se não podes pontapear algo, é o caos total!!!

21.Os teus pais têm medo de usar palavras como “bonito” ou “feio”.

22.Não te importas com os carros desportivos. O teu favorito é o que puder levar o maior número de maquetes.

23.Desenhas coisas espectaculares sem teres ideia do seu custo.

24.Tens a marca do arquitecto: um calo no dedo em que apoias o lápis ou o x-acto.

25.Consegues dormir em qualquer superfície, seja ela, um teclado, uma mochila, os teus colegas, no chão, comida,…

26.Estavas acordado em milhares de amanhaceres mas não assististe a nenhum.

27.Cada vez que aprendes a trabalhar num novo programa de desenho sentes-te super actualizado, no entanto dás-te conta de que existem mais 1000 programas.

28.Quando por fim tens tempo para sair, os teus pensamentos são: “Que mal colocados estão as casas de banho da discoteca”, “este não é o melhor lugar para a saída de emergência” ou “as escadas são…”.

29.Uma das escovas de dentes que tens na tua casa de banho é a do teu colega de entregas.

30.Identificaste-te com este e-mail.

SE NÃO ESTUDAS ARQUITECTURA/ARQUITECTURA PAISAGISTA ENTENDE PORQUE NOS É TÂO DIFÍCIL, ÀS VEZES, SAIR E CONVIVER.


Fotografia: Uma daquelas noites que se tornou dia sem ninguém reparar...

23 fevereiro 2007

36 horas...

Há palavras, segredos talvez...
Há suspiros, sopros suaves talvez...
Há medos e loucuras,
Há sonhos, toques e texturas,
Sons e cheiros...
Há abraços, beijos, passos que não se ouvem neste chão...
Há encantos porque a confusão tem sempre recantos,
sombras escondidas e feitiços que ninguém entende!
Há uma pele dedilhada, que escolhe o melhor caminho...
E porque nem eu entendo as sombras do meu corpo, e porque há coisas que se escondem, que me fogem, que nunca vejo, que nunca sinto, que nunca ouço...
Há escolhas, há apostas, há impulsos e saltos no nada...
Tentativas de mergulhos, investidas a metro sem medida certa...
Construir caminhos porque ha esperança,
Andar por eles porque acredito,
Abrandar, parar, recuar e renovar as palavras que me esboracam o chão, que me impedem de passar.
E porque ainda ha lua ali, e porque haverá sol daqui a nada, eu estou aqui...
Onde ha paredes e tectos e ha sangue e batimentos, e ha suspiros...como sempre....!!!

19 fevereiro 2007

Ficção


Confundo a vida com um filme onde o director corta cenas que me levariam aos oscares. Passo dias a preto e branco em que tudo e drama ou suspense... Deixo correr a fita pelo rolo porque não há botão para parar nem tempo para intervalo. O take atormenta-me a cabeça!!
As pessoas assistem atentas mas recusam tornar-se actores e entrar na historia. Dou por mim num monólogo sem fim e , quando olhos, a sala está vazia. A fita desaparece e abrem-se cortinas a minha frente...
Um palco...
O eco da minha voz...
Uma sala enorme, vazia...
Pancadinhas de Molière...
Não estudei o papel e apesar da sala vazia sinto que algo ou alguém espera que o espectaculo comece...
Tento fugir mas ha tem saída e cada passo meu ecoa os estalos da madeira velha daquele palco!!
Ouço gargalhadas não sei de onde nem em que direcção, envergonho-me, olho a volta, deito-me no chão e resolvo adormecer ali...deixando o espectaculo acontecer por si...

12 fevereiro 2007

Gargalhadas

Estradas e cruzamentos, entrelinhas, segredos escondidos num canto dobrado do papel!!
Palavras por dizer, por medo...
Palavras po ouvir por não querer perguntar...
Olhos fechados ou abertos torna-se igual, a fotografia,a imagem, as cores, os sons, os cheiros... sempre os mesmos!!
Travagens a fundo numa estrada completamente alagada pela chuva, trovoada...
Sorrisos, asneiras, passos ligeiros,controlados, calculados, tremidos, muito pensados e pesados...
Para poder escrever o que não sei como dizer, paa escrever o que sei e não quero saber...
Digo a mim mesma em murmurios que não digo porque não sinto, porque não quero sentir ou nao posso...
Borboletas amarradas, quietinhas...
Respirar fundo, sorrir... =)

04 fevereiro 2007

A lua muda de figura ...

Mesmo sem tempo para viver, eu reparo que a lua muda de forma.
Mesmo sem tempo para passear, eu reparo que as ruas mudam de pavimento.
Mesmo sem tempo para sair de casa, eu reparo qando está sol ou chuva.
Mesmo sem tempo para olhar para o espelho eu sei quando os meus olhos brilham.
Mesmo sem tempo para dizer olá, eu sei quando estás feliz, quando tens saudades minhas, quando sorris por minha causa, quando pensas em mim...
Mesmo entre livros e papéis, maquetes e pincéis, apetece-me sorrir...
Mesmo sem tempo para ver as noticias na TV, eu sei que a vida corre lá fora.
Mesmo sem tempo para viagens, eu sei das diferenças no mundo.
Mesmo sem tempo para contar o tempo, eu sei que é quase primavera.
Mesmo sem temo para te ver, sei que estás a crescer aí...=)
Mesmo sem tempo para reparar, eu reparo;
sem tempo para respirar eu respiro;
sem tempo para sorrir, eu sorrio;
sem tempo para ter saudades, eu tenho;
sem tempo para viver...EU VIVO!! ...

27 janeiro 2007

Butterflies ;)

(...)but can't ...Porque elas são completamente incontroláveis, são doidas...muito mais doidas do que eu, muito mais independentes do que eu, muito mais sonhadoras do que eu, muito mais ambiciosas do que eu, muito mais apaixonadas do que eu... por isso é que eu gosto delas, apesar de me darem tantas dores de cabeça... =)
Deixo-as ir onde querem ir sem dizer uma palavra mas pensando sempre "outra vez nao...". Deixo-as falar a desconhecidos, deixo-as voar alto demais, deixo-as sorrir e dar gargalhadas. Deixo-as chorar quando é preciso. Deixo-as descansar, não as acordo mesmo quando preciso que me respondam... Deixo-as pensar em ti, deixo-as sonhar ctg, deixo-as ter vontade de tar ctg, deixo-as apaixonarem-se por ti... Quando voarem , eu voo com elas... penso em ti como elas,sonho ctg como elas, quero estar contigo como elas, apaixono-me por ti... por causa delas!!! Elas no fundo fazem-me viver...sorrir...sonhar... =)

19 janeiro 2007

Direita ou esquerda??


Escrever...
Refugio...
Não tenho palavras,
Não tenho lágrimas,
Não tenho nada aqui agora além do que sinto...
Mas não sei o que sinto...
Onde está o fim de uma história que nunca acaba?
Onde consigo ver o fim do horizonte?
Onde encontro o inicio do céu?
Não sei...
Não sei nada...
Porque dispara o meu coração em diferentes direcções?
Quando paro de por pontos de interrogação no fim das minhas frases?
Carencia...Palavra estupida...realidade!!
Preciso de ti...mas quem??
Tudo se torna muito mais complicado assim...
Confusão total, duvida que tem resposta ali ao virar daquela esquina, mas qual esquina? Mas qual duvida?
Uma bolinha que salta de um lado para o outro... Vermelha, cor-de-rosa, azul...
Carinho, atenção...
Porque não eu?? Só eu!! Aqui sozinha...?
Interrogações...

08 janeiro 2007

A vida do avesso...

Quando as linhas com que cosemos a vida começam a aparecer mais do que deviam, quando olhamos e reparamos que as costuras estão todas para fora e andamos com uma etiqueta á mostra onde toda a gente pode ler o que quiser, apercebemo-nos que, naquele dia, acordámos de manhã e, com o sono, vestimos a vida do avesso!

Porque não posso eu, dia-a-dia, abrir a gaveta e pensar "ora deixa ca ver que vida vou eu vestir hoje" ?...
Seria mais fácil se me olhasse ao espelho e pensasse "Esta vida não me fica bem, vou trocar..."!!
Mas talvez nem houvesse o meu numero da vida que eu gostava de ter...Talvez nem feita por encomenda!
Somos todos estilistas, alfaiates e costureiras da nossa propria vida, e eu ás vezes não sei bem que linha usar... Azul ou amarela,mais fina ou mais grossa...e fico a pensar se aquela linha que acabei por escolher será forte o suficiente para que eu possa pular, fazer loukuras, voar e sonhar, desfrutando ao máximo daquela vida sem se descoser... Quando abuso da loucura rasgo o tecido, depois, pego numa agulha e num bocado de tecido colorido e faço um remendo, a vida nunca fica igual ao que era mas serve perfeitamente...
No fim do dia, ando toda remendada, com uns rasgoes que achei que até ficavam bem e deixei ficar, um bocadinho desbotada, algumas nódoas...mas orgulhosa, porque continuo vestida e amanha tenho uma vida nova na gaveta pa estrear!!


Deixo a vida do avesso e continuo o meu dia ou volto a casa para me trocar?

...