18 setembro 2011

Meu irmão


QUANDO O SANGUE CRIA REFÚGIOS SECRETOS ONDE ME ESCONTO EM PENSAMENTO E A PELE LIGA MOMENTOS DE VIDAS PASSADAS, DE TEMPOS PRESENTES, E DE HORAS... HORAS INTEIRAS DE RISADAS CÚMPLICES DE CRIANÇA.
CRIANÇAS QUE FOMOS OS DOIS...
ABRAÇO-TE DE LONGE POR NÃO TE PODER SORRIR POR PERTO E APERTO-TE COMO CADA APERTO DE SAUDADE QUE SINTO QUANDO ESTÁS LONGE!
AGRADEÇO O QUE ME DESTE E O QUE ME DÁS E POR CADA UM DESEJO DAR-TE O MUNDO!
VICIOS QUE SE PEGAM, APRENDIDOS, GENÉTICOS TALVEZ...
GOSTOS E MANIAS QUE ME CORREM NAS VEIAS.
UM GESTO...
GESTOS QUE NIGUÉM VÊ, NINGUÉM PRECISA VER...EU SEI! TU SABES!
HISTÓRIAS ENTRELAÇADAS QUE SÃO UMA SÓ, NA MESMA PRIMEIRA PÁGINA, NOS CORPOS ONDE TUDO COMEÇOU, NO MESMO SANGUE, DE UM SENTIMENTO...
NÓS OS DOIS...DELES OS DOIS!


AMO-TE * JM  :)    

13 julho 2011

Gritos e Silêncios





Gritos...
Só gritos...
Gritos que torturam, me afogam, me enforcam, me sufocam...
Gritos...
Medo...é medo este nó na garganta que provoca gritos
São so medo os meus gritos...
É vontade...é vontade que é um grito...
Grito que me assusta, me elouquece, me desespera...tudo gritos
que som tem uma lagrima a correr pelo rosto? Um grito...
Que som tem uma tristeza no meu peito? Um grito...
Que som tem a minha viola agora? aqui? Um grito...
Que som têm as palavras que não sou capaz de te dizer? gritos...
é por isso que escrevo...pelo grito...
o grito da caneta no papel, o grito das palavras que se silênciam dentro de mim...
Gritos...
o grito do que quero tanto dizer-te...gritos...
Tu outra vez...




*O 1º poema que leste...


JS

07 julho 2011

Sombra

Apercebo-me



Apercebo-me derrepente que  perdi a vontade dos saltos sem paraquedas.
Apercebo-me que mudou repentinamente algo na minha vida.
Reparo que quero mais que isso, que sou mais que isso, e tudo isso é tão simples, tão banal…
Apercebo-me que vivi na ponta do mundo e de bicos dos pés saltei para o nada…
Esperei sempre cair, sem rede, sem arnês…e vejo agora que algo me segurava na queda.
Apercebo-me derrepente que tudo na minha vida se resume a uma coisa só. A ti. A querer estar contigo. E que todas as lições que aprendi, e que todos os erros que cometi me serviram para ter a certeza tão absoluta que tenho agora dessa vontade.
Não me queres…
Não sei se voltarás a querer-me, mas a certeza de te querer para sempre é maior do que qualquer independência, do que qualquer loucura, do que qualquer paixão ou vontade que tenha tido algum dia.
Apercebo-me derrepente que tudo o que achava impossível aconteceu e que as imagens que vi tantas vezes na minha cabeça começam a tornar-se vontades reais.
Reparo que o "não" que disse que te daria um dia, se tornou num "sim" tão certo como a luz do sol mas que és tu quem tem agora que me dar.
Um empurrão talvez…
A certeza absoluta de ficar aqui, de pé, no meio do caminho, até abrirem a porta para poder seguir em frente.
Apercebo-me que não preciso de mais nada se não da minha vida contigo.
Perco o sentido dos rios apressados e das orbitas erradas. Atiro pedras à lua.
Esqueço-me dos saltos no nada e da vida do avesso. É tudo tão certo, tudo tão verdadeiro.
Não desistas de mim, não desistas de nós.
Não me importa as derrotas, nem as vitórias de antes porque as deixei no caminho.
Cheguei ao fim da torre do meu castelo e falta uma pedrinha só.
Um novo ciclo, talvez.
Apercebo-me que tudo o que julgava ser e querer não sou mais, não quero mais.
Quero a segurança que me trás tantas incertezas. Quero ser criança contigo. Apercebo-me que transformo agora os silêncios em gritos desesperados de palavras ocas. As palavras impossíveis de escrever são agora olhares que sei que entendes. São a minha pele, a minha boca, todo o meu corpo em chagas.
Não fujo mais de mim mesma porque já sei que corro mais depressa e abro os olhos de toda a cidade para contar o que sinto, para contar quem sou.
Esqueço-me das borboletas na minha barriga porque elas estão lá, calmas e pousadas em flores que nascem de cabeça para baixo, porque não precisam mais dos furacões nem dos sonhos sem sentido.
Espero e respeito mas não desisto, nunca desisto. Porque é tudo tão certo. A certeza…a certeza absoluta sem que o mundo precise parar.
Uma palavra com A que não chega…não existe outra. Existo eu, e só eu te posso dar a certeza.
Uma vida, na ponta do mundo, num farol, onde o mar calmo constrói esculturas na rocha dura e onde todos os dias o sol diz bom dia a cada pedra que deixei no caminho. Tudo tão claro. O céu de ébano e a lua marfim...sempre...


AMO-TE

JS

Certeza

A certeza absoluta do para sempre!
Não cabe em mim nem cabe no mundo...
Futuro ensanguentado que parou no caminho.
Espera, espera sem saber do quê, mas com a certeza do querer tanto, tanto, tanto!
Sei bem quanto e até quando!
Sei que é para sempre!
Só tu...só tu...

Sol




Para quê este sol se é outra a luz que preciso para viver?
Para quê o por-do-sol se não posso vê-lo contigo?
E para quê a noite se não posso dormir a teu lado?
Sinto que ainda me queres...talvez pura ilusão!

05 julho 2011

Era certo...



Pensei que era tao certo e agora morro por dentro
Pensei que era pa sempre e o meu sempre não existe mais
É difícil dedicar-me agora seja o que for e vejo a minha vida parada, a esperar por ti...
Nunca desisti do que te vejo agora a desistir
Disse-o a todos menos a ti...disse ao mundo que era tu...só tu...
Esqueci-me que não me ouvias.
Enviei sinais que não leste e procurei-te em momentos que não estavas.
Quando decidi acabar com sinais e pedir-te que casasses cmg...nao te tinha mais.
Não consigo...nao consigo mais pensar que perdi o meu futuro,
Que perdi a nossa cumplicidade e que esqueceste todos os sonhos que tínhamos juntos.
Não consigo acreditar e choro me perdi em ti...
Não sei ser sem ser contigo...
Não saberei mais...
Era tão certo...foi sempre ta certo... Porque?

04 julho 2011

Dor do mundo




Não sei ser sem ser contigo
Tarde demais...
Não me tenho sem te ter...
Muito tarde...
Palavras impossíveis de escrever
E o que me come por dentro...tao grande, tão forte
Era tão certo...
Disse a todos, todos me disseram
Esqueci-me de dize-lo a ti por medo...
Perdi-te pa sempre...
Para sempre...
Não consigo assim...
Não consigo...

02 julho 2011

Distraio-me





Distraio-me e quase me esqueço que estás por aí…
Mas estas sempre por aí...
Estás nas horas em que me esqueço 
E estás aí no tempo em que penso que estás aí…
Estás sempre aí, mesmo quando me distraio

05 junho 2011

Dias assim



Dias assim
Pétalas que caem da flor que fomos um dia...
Cortes que sangram como se a vida parasse
Um mundo que gira sem travão 
E uma lágrima que insiste em cair
A saudade de nada

Dias assim
Onde não sei quem sou
Dias que sangram como se o mundo parasse
E uma vida que voa demais
Alta demais
De onde não aprendi, ainda, a cair

27 maio 2011

Ás vezes


Nada passará a ser muito mais do que só isso...
Hoje não, nem amanha, nem depois.

Entrego-me a ti, ás vezes,
E em todas essas vezes me entrego por completo.
Em cada uma dessas vezes te deixo pedaços do que sinto,
E em algumas dessas vezes te mostro o que sinto com as mãos, com os olhos, com todo o meu corpo...
E das próximas vezes, entregar-me-ei outra vez,
E em cada uma das próximas vezes te darei tudo o que sinto, sem saberes...
Cada segundo e cada palavra...são teus, nessas vezes...
Dou-te mais do que sou, ás vezes.

Não imaginas o que te daria se te tivesse para sempre...

17 maio 2011

O GRITO




UM GRITO....
O DESESPERO DE QUERER DIZER TANTO
DE QUERER GRITAR AO MUNDO
DE QUERER  QUE O ECO DESSE GRITO CHEGUE ATÉ TI....

APERTO...TÃO FORTE, MEU DEUS!!!
MÃOS QUE RASGAM PEDAÇOS DO MEU PROPRIO SER
A VONTADE...TANTA VONTADE....

DESESPERO QUE ME CAI DOS OLHOS
COMO POSSO?
COMO FAZER-TE VER O QUE NÃO VÊS...
COMO MOSTRAR?

A CERTEZA ...TANTA CERTEZA....
E O GRITO APRISIONADO EM MIM,
NO MEU SANGUE,
NA MINHA PELE,
NO DESESPERO DE CADA PASSO QUE DOU NA TUA DIRECÇÃO...

A IMPOSSIBILIDADE, SEJA DO QUE FOR...
NADA!!
NADA!!
NADA!!
TUDO!!!! COMPLETAMENTE TUDO!!!
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!

16 maio 2011

Timidez


Discreta timidez que me inquieta
Mistérios em olhares escondidos e sorriso que desabrocha repentino
Tentativas que se querem tão discretas como a timidez que me cativa
Descrição impossível e olhares incontroláveis a procurar-te

Questiono-me
Não sei porque me intrigas
Talvez a timidez, talvez o mistério,
Talvez nada...

Pergunto-me porque te espero sem te conhecer
Pergunto-me porque me preocupo
Não ha interesse se não a vontade de te descobrir
De saber mais...
A curiosidade...

Discreta timidez que me cativa
Que me descontrola
Que faz parecer ridícula
Que me intriga
Que me preocupa...

Discretos aqueles que sorriem sem ninguém perceber

Imagino


Tristeza ridícula que aparece com a noite
Que se espalha como as estrelas, pelo céu
Que ilumina tudo como a lua mas não me deixa ver nada.
Os sons de uma noite em que toda a cidade saiu para a rua
Os passos apressados do voltar para casa,
Os gritos alegres de quem se diverte
As luzes acesas de quem ainda não saiu
E daqueles que não saem...nunca...
As pedras da mesma calçada de sempre.

Aqui, da janela do quarto
Imagino como seria se
Como teria sido,
Imagino, mas só imagino
Daqui a pouco, na cama, sonharei outra vez com desconhecidos
Desespero talvez, não sei...
Cores que desaparecem na noite
As cores que de dia parecem tão claras
São agora a tristeza profunda dentro de mim
E a tristeza de ser triste no sentido ridículo que lhe dou

A vida do avesso .

11 maio 2011

Tristeza


Olho pela porta e tudo la fora é frágil como a palma da minha mão
As pedras da calçada conhecem cada passo meu por aquela cidade
Conhecem cada lágrima e conhecem todas as cores da tristeza que deixo cair por ali...
Conheço todos os recantos em ti, à minha maneira, mas perdi-me pelos labirintos de cada poro da tua pele
Sei que as pedras da calçada são ervas daninhas que sobraram de nós
E sei que não posso mais que tudo isto
Olho pela porta e a mesma cidade de sempre transformou-se na vontade das noites de verão e das conversas sem fim...mas quem?
São recantos que são meus e que percorro sozinha, agora
São segredos meus perdidos por ali...que deixei cair com as cores da tristeza que trago no bolso
Perdida...

10 maio 2011

Quando


Quando o que sinto me corre nas veias
Quando começa a circular por mim
Sem paragens...
Quando o que sinto é o sangue quente que me percorre
e Quando não ha mais nada a fazer...


Quando sei e sinto...tanto...
E quando o sangue que sinto se desfaz em lágrimas que me queimam a pele
É quando sei que nao ha nada a fazer...
E é quando os pedaços se separam
E quando deixo de ser eu...para ser so pensamento
Para ser O que sinto e mais nada!


Quando sou o que sinto e o que sinto se apodera de cada pedaço
E quando sei... sem saber nada...
As borboletas são furacões na minha barriga
E os furacões são o sangue e as lagrimas
e sou eu por inteiro, que sou só o que sinto...


Agora sim, é fogo que arde sem se ver e não é so saber ser criança.
Afinal sabia Camões...

Sou quem quero e o que nao quero
E o que quero é so o que sinto...
Quando deixa de ser...
E quando é tudo...
Nunca sendo nada...


Completamente
Nunca
E para sempre...
Ainda não sei quanto, nem até quando...mas sei!


As palavras impossiveis de escrever.

15 abril 2011

As palavras


Há palavras que são sentimentos colados em papel...
Há outras palavras que são só palavras ditas no ar, soltas aqui e ali...
Essas primeiras, são palavras minhas ou tuas, ou palavras nossas...
As outras são palavras...só palavras...
Há palavras que falam por nós e dizem sentimentos, cantam emoções, são cavalos selvagens no papel...
Há palavras que são notas musicais e que nascem dentro de nós.
E há palavras que são só a tinta, que são só o papel, que são só o tom da voz.
E há palavras que se sentem e se ouvem sem a tinta,sem o papel, sem o tom da voz...
Essas são palavras que se olham, que se tocam, que se sentem...
Palavras que riem e palavras que choram...
São palavras sentimentos e sentimentos           que são palavras...

Folha de outono



Folha seca de outono, e o vento, e a chuva e a lama...
Folha seca presa no galho que estala, que geme, que a segura...
Folha seca que cai, que voa, que fica...
Pisada...
Partida...
Quieta...

28 fevereiro 2011

Chávena de chá

O ESCURO SOA OLHOS SUAVEMENTE FECHADOS,
UMA MÚSICA ALTA QUE FALA DE UM SENTIMENTO QUALQUER,
O CORPO BALANÇA-SE AO RITMO, VOLUNTARIAMENTE...
NA MÃO, A CHÁVENA DE CHÁ...QUENTE...
AO APROXIMAR DOS LÁBIOS, O AROMA, DOCE...AZEDO...NÃO É DOS MEUS PREFERIDOS.
NA PELE DA CARA, O VAPOR DO CHÁ QUENTE
O TOQUE QUENTE, LÍQUIDO, NOS LÁBIOS, NA LINGUA, NA GARGANTA, A DESCER POR MIM...A TEXTURA...
RESPIRO FUNDO...O SABOR, UM TOQUE A LIMÃO, LUCIA-LIMA.
UMA GOTA QUE FICOU E A LÍNGUA AINDA QUENTE A RECOLHÊ-LA DOS LÁBIOS QUE JÁ ARREFECERAM...
ENTRETANTO...DEVE ESTAR A CHOVER LÁ FORA! 


06-01-2011  23:45h

Segredos dobrados

Segredos...no canto dobrado da página de um livro!
Coisas minhas...espalhadas pelo chão, desarrumadas...
Ninguém dá por elas, só eu!
Restos de histórias ou as histórias inteiras 
num gesto só...e a saudades!
As utopias de quem não sabe...
Os sonhos...
E os segredos escondidos no canto da página,
No livro,
Na gaveta, 
No móvel,
No quarto,
Em casa,
Dentro de mim...


28-12-2010  00:53

Lembrar de mim...